Se existe um setor que não para de crescer e fazer parte das áreas da tecnologia mais bem pagas, esse setor é a tecnologia da informação (TI). Nos últimos anos, empresas de todos os segmentos passaram a depender cada vez mais da tecnologia para operar de maneira eficiente e competitiva, gerando uma demanda constante por profissionais especializados. Essa tendência só aumenta, trazendo desafios para os profissionais de Recursos Humanos (RH), que precisam encontrar, atrair e reter esses talentos estratégicos.
De acordo com um levantamento da Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), até 2025 o Brasil precisará de cerca de 800 mil novos profissionais de tecnologia. No entanto, a formação de talentos não acompanha essa demanda, tornando a disputa por especialistas ainda mais acirrada e elevando os salários na área.
Além disso, tendências como inteligência artificial, computação em nuvem, segurança cibernética e desenvolvimento de software fazem com que determinadas áreas sejam altamente valorizadas e remuneradas. Para as equipes de RH, compreender essas tendências é essencial para criar estratégias eficazes de recrutamento e retenção.
Neste artigo, vamos explorar as 10 áreas da tecnologia mais bem pagas em 2025, apresentar salários médios, habilidades exigidas e o que fazer para se destacar no mercado. Se você está pensando em entrar para o mundo da tecnologia ou deseja crescer na carreira, este guia será o seu mapa para conquistar as melhores oportunidades da área.
As 10 áreas da tecnologia mais bem pagas em 2025
Com a crescente digitalização das empresas e o avanço acelerado da tecnologia, algumas áreas se destacam não apenas pela alta demanda de profissionais, mas também pelos salários elevados. A seguir, exploramos as 10 carreiras de tecnologia mais bem remuneradas, detalhando suas funções, habilidades exigidas e remunerações médias.
1. Segurança da Informação
- O que faz: Profissionais de segurança da informação atuam na proteção de dados, redes e sistemas contra ameaças cibernéticas, prevenindo ataques, vazamentos e fraudes. Com a crescente preocupação com a privacidade digital e o aumento dos ciberataques, essa área está entre as mais valorizadas.
- Salário médio: R$11.450/mês (Fonte: Robert Half).
- Habilidades exigidas:
- Conhecimento em cybersecurity e firewalls;
- Ferramentas de SIEM (Security Information and Event Management);
- Redes e protocolos de segurança;
- Criptografia e proteção de dados.
2. Ciência de Dados e Inteligência Artificial
- O que faz: Cientistas de dados analisam grandes volumes de informações para extrair padrões e insights estratégicos. Já os profissionais de inteligência artificial desenvolvem algoritmos de aprendizado de máquina para automatizar processos e gerar previsões.
- Salário médio: R$14.400/mês.
- Habilidades exigidas:
- Programação em Python, R e SQL;
- Conhecimento em estatística e matemática aplicada;
- Machine Learning e Deep Learning;
- Bancos de dados e análise preditiva.
3. Engenharia de Software
- O que faz: Engenheiros de software são responsáveis pelo desenvolvimento de aplicações para diferentes plataformas, desde sistemas web até softwares embarcados. Eles projetam, implementam e fazem a manutenção de soluções tecnológicas.
- Salário médio: R$10.500/mês.
- Habilidades exigidas:
- Programação em Java, Python, C++ e JavaScript;
- DevOps e Integração Contínua;
- Arquitetura de software e escalabilidade;
- Conhecimento em metodologias ágeis.
4. Computação em Nuvem
- O que faz: Profissionais de computação em nuvem gerenciam infraestrutura de TI baseada em serviços como AWS, Microsoft Azure e Google Cloud. Eles garantem a disponibilidade e segurança dos sistemas hospedados na nuvem.
- Salário médio: R$12.000/mês.
- Habilidades exigidas:
- Gerenciamento de servidores na nuvem;
- Ferramentas como Docker e Kubernetes;
- Segurança e compliance em cloud computing;
- Automação de infraestrutura (Terraform, Ansible, CI/CD).
5. DevOps & Engenharia de Confiabilidade (SRE)
- O que faz: Profissionais de DevOps e Site Reliability Engineering (SRE) atuam na automação de processos, otimização da infraestrutura e integração contínua entre desenvolvimento e operações. O objetivo é manter aplicações sempre disponíveis e escaláveis.
- Salário médio: R$13.000/mês.
- Habilidades exigidas:
- Ferramentas de automação (Jenkins, GitLab CI/CD);
- Kubernetes e Docker;
- Infraestrutura como código (Terraform, Ansible);
- Monitoramento de sistemas e análise de desempenho.
6. Arquitetura de Soluções
- O que faz: O arquiteto de soluções projeta e implementa infraestruturas de TI alinhadas às necessidades das empresas. Ele define as tecnologias mais adequadas para otimizar processos e garantir escalabilidade.
- Salário médio: R$15.000/mês.
- Habilidades exigidas:
- Modelagem e arquitetura de software;
- Cloud Computing (AWS, Azure, GCP);
- Design de sistemas escaláveis e microservices;
- Liderança técnica e planejamento estratégico.
7. Blockchain & Criptografia
- O que faz: Profissionais dessa área trabalham no desenvolvimento de soluções descentralizadas, como redes blockchain, criptomoedas e contratos inteligentes. Com a crescente adoção da Web3, esse segmento está em plena ascensão.
- Salário médio: R$14.000/mês.
- Habilidades exigidas:
- Desenvolvimento em Solidity e Rust;
- Criptografia avançada e segurança de dados;
- Conhecimento sobre Ethereum, Bitcoin e DeFi;
- Smart contracts e validação de transações.
8. Internet das Coisas (IoT)
- O que faz: A IoT conecta dispositivos inteligentes à internet, permitindo o monitoramento e automação de processos em diversos setores, como saúde, indústria e agronegócio.
- Salário médio: R$11.000/mês.
- Habilidades exigidas:
- Programação em C, C++ e Python;
- Redes e protocolos de comunicação (MQTT, Zigbee, LoRaWAN);
- Hardware embarcado e sensores inteligentes;
- Segurança cibernética para IoT.
9. UX/UI Design
- O que faz: Profissionais de UX/UI Design criam interfaces digitais intuitivas e atraentes, garantindo a melhor experiência possível para os usuários. Essa área se tornou fundamental para o sucesso de produtos digitais.
- Salário médio: R$9.500/mês.
- Habilidades exigidas:
- Ferramentas de design como Figma, Adobe XD, Sketch;
- Design Thinking e arquitetura da informação;
- Psicologia do usuário e testes de usabilidade;
- Conhecimento em HTML, CSS e JavaScript (desejável).
10. Business Intelligence (BI)
- O que faz: Profissionais de BI transformam dados brutos em informações estratégicas para auxiliar a tomada de decisões dentro das empresas.
- Salário médio: R$10.800/mês.
- Habilidades exigidas:
- Power BI, Tableau e Looker;
- Modelagem de dados e ETL (Extract, Transform, Load);
- Linguagens de consulta como SQL e DAX;
- Análise preditiva e estatística aplicada.
É importante notar que essas são médias salariais para as respectivas ocupações mencionadas. Para acessar o guia salarial conduzido aqui pela Geekhunter, acesse este link.
O papel do RH na atração e retenção de talentos de tecnologia
Com a crescente valorização dos profissionais de tecnologia, o setor de RH precisa adotar novas estratégias para atrair e manter esses talentos. Algumas das principais abordagens incluem:
- Salários competitivos e benefícios diferenciados: Além da remuneração, benefícios como trabalho remoto, horário flexível e participação nos lucros são diferenciais importantes.
- Investimento em formação e certificações: Empresas que oferecem incentivos para cursos e certificações em áreas estratégicas conseguem reter talentos por mais tempo.
- Ambiente inovador e desafios técnicos: Profissionais de tecnologia valorizam empresas que permitem inovação, aprendizado contínuo e desafios estimulantes.
- Plano de carreira estruturado: Garantir perspectivas de crescimento dentro da empresa é essencial para evitar alta rotatividade.
As áreas mais valorizadas e demandadas em tecnologia
Nem todas as áreas da tecnologia são valorizadas da mesma forma. Profissões de TI com melhores salários como Data Engineers e DevOps costumam ter salários mais altos porque desempenham papéis críticos na infraestrutura e operação das empresas.
A escassez de talentos qualificados nessas funções, somada ao impacto estratégico que exercem, faz com que a demanda por esses especialistas supere a oferta.
Como resultado, empresas que precisam dessas habilidades muitas vezes entram em uma guerra por talentos, elevando os valores salariais e os pacotes de benefícios.
Soft skills mais valorizadas
As empresas não buscam apenas especialistas técnicos. As soft skills são cada vez mais valorizadas, pois garantem que o profissional consiga trabalhar bem em equipe, resolver problemas complexos e se adaptar às mudanças do mercado. Algumas das mais requisitadas são:
✅ Comunicação eficaz: Essencial para interagir com times multidisciplinares e stakeholders.
✅ Resolução de problemas: A tecnologia está em constante evolução, e os desafios aparecem diariamente. Saber resolvê-los rapidamente é um grande diferencial.
✅ Pensamento analítico: Fundamental para interpretar dados, identificar padrões e tomar decisões estratégicas.
✅ Adaptabilidade: Novas ferramentas e metodologias surgem o tempo todo; quem se adapta rápido sai na frente.
✅ Gestão de tempo: Profissionais que sabem priorizar tarefas entregam resultados mais rápidos e eficientes.
Como usar essa informação para melhorar a abordagem com candidatos
Ter uma visão clara dos benchmarks salariais e das áreas mais valorizadas ajuda os recrutadores a definir expectativas realistas desde o primeiro contato com os candidatos. Algumas estratégias incluem:
- Transparência sobre a faixa salarial: já no início do processo, alinhar expectativas para evitar desperdício de tempo.
- Oferecer benefícios competitivos: se a empresa não pode pagar os salários mais altos do mercado, pode investir em benefícios estratégicos, como trabalho remoto, planos de desenvolvimento profissional e participação nos lucros.
- Criar um EVP (Employee Value Proposition) forte: mostrar que a empresa tem diferenciais além do salário, como uma cultura organizacional saudável e oportunidades de crescimento.
Conclusão
O mercado de tecnologia segue em expansão, e a valorização de profissionais qualificados reflete a importância estratégica dessa área para as empresas. No entanto, a disputa por talentos não se resolve apenas com salários altos. Para atrair e reter os melhores especialistas, é essencial oferecer um ambiente inovador, benefícios competitivos e oportunidades reais de crescimento.
Para os profissionais, isso significa um mercado cheio de possibilidades, mas também a necessidade de atualização constante. Já para as empresas e equipes de RH, o desafio está em construir estratégias eficazes de recrutamento e retenção, garantindo que os talentos mais qualificados escolham — e permaneçam — na organização.
No final das contas, quem souber equilibrar oferta e demanda, valorizando tanto habilidades técnicas quanto soft skills, terá uma vantagem competitiva nesse cenário de constante evolução. Até a próxima!