Caracterizada por ser uma relações laborais sem vínculo empregatício e por demanda, a gig economy é resultado direto da flexibilização das leis trabalhistas.
Impulsionada pelo boom das tecnologias digitais, essa relações laborais nem sempre foi a primeira escolha de milhares de trabalhadores em todo o mundo. Mas sim, a opção encontrada em meio ao desemprego ou oportunidades de trabalho e salários abaixo do esperado.
Vista por muitos como uma alternativa mais livre de emprego, a gig economy também é motivo de preocupação para alguns profissionais e setores, visto que a estabilidade profissional e os direitos do trabalhador estão cada vez mais ameaçados.
Confira neste artigo o que é a gig economy, suas principais características e entenda porque essa relações laborais tem atraído tantos profissionais.
Saiba ainda como se proteger da gig economy e quais os impactos desse novo momento na história trabalhista mundial.
Boa leitura!
O que é a gig economy e como ela se relaciona com as relações laborais?
Em tradução livre do “Dicionário de Cambridge”, gig economy é um tipo de “arranjo alternativo ao emprego formal”.
Isso significa que essa relações laborais é caracterizada por empregos temporários, atividades de freelancer, ausência de empregador fixo, ou mesmo os chamados “bicos”.
Com a ascensão da gig economy, os modelos de emprego tradicionais estão sendo substituídos por relações laborais mais simples.
Um dos exemplos mais claros desse novo modelo de relações laborais são as atividades de motoristas do Uber, entregadores do iFood e Rappi ou demais freelancers de plataformas como o Workana, ou VoiceBunny.
E como você mesmo já deve ter percebido, o número de profissionais atuando na gig economy tem crescido cada vez mais.
Em pesquisa realizada pela CNN em 2018, a previsão já era de este ano (2020) a gig economy passe a atingir 43% do total da força de trabalho nos Estados Unidos.
Como a gig economy está se desenvolvendo no Brasil
Números recentes da economia brasileira mostram que o número de desempregados tem diminuído. Porém, essa é uma interpretação simplista do que realmente tem acontecido no país.
É que, na maioria das vezes, ao se divulgar o número de desempregados, não é levado em conta o número de pessoas que deixaram de buscar por um emprego formal. Ou seja, pessoas que estão trabalhando na informalidade ou que optaram pela gig economy.
No Brasil, é crescente o número de profissionais, das mais diversas categorias e qualificações, que encontram nas plataformas digitais uma oportunidade de trabalho.
De acordo com uma publicação do site CanalTech, no país, as plataformas digitais de emprego mais populares são:
- Uber
- Cabify;
- Singu;
- Loggi;
- Eu Entrego;
- Rappi;
- Uber Eats;
- AirBnB;
- Get Ninjas
- Dog Hero;
- Quinto Andar;
- Grabr;
- OLX.
Quais os riscos da gig economy?
Alguns advogados da área trabalhista consideram a gig economy como um grande risco a precarização do trabalho.
Afinal de contas, esses trabalhadores não se enquadram na CLT e não têm garantidos os seus direitos trabalhistas.
Por outro lado, com o crescimento da gig economy, muitos legisladores acreditam em diversas possibilidades de mudanças na forma como executamos nossos trabalhos. E o resultado disso seria a maior autonomia a trabalhadores das mais variadas categorias.
De toda forma, fica o alerta para que os trabalhadores busquem sempre por um trabalho justo, que respeite as Leis e também o bem-estar do trabalhador.
Infelizmente, muitos profissionais que optam pelo sistema da gig economy ficam vulneráveis a exploração trabalhista, caracterizada principalmente por horas extenuantes de trabalho e pagamentos abaixo do mercado formal.
Como se proteger da gig economy
Com o crescimento do número de trabalhadores inseridos na gig economy, trazer essa relação para o debate se faz essencial, principalmente no que diz respeito aos direitos e deveres trabalhistas.
Nos Estados Unidos, a Califórnia é o primeiro estado a discutir a proteção dos direitos dos trabalhadores da gig economy.
Dessa forma, políticos e trabalhadores têm discutido uma lei que aumenta as regulamentações sobre empresas que adotam esse sistema, tal qual Uber e Amazon, que consideram seus funcionários como “contratados independentes”.
Em maio de 2019, foi aprovada uma proposta que reduzia a capacidade desse tipo de corporação contornar as leis trabalhistas.
Inspirados pela Califórnia, outros estados americanos como Nova York, Illinois, Oregon e Washington estão buscando uma legislação semelhante.
No entanto, mesmo com esses esforços, os trabalhadores da gig economy não tem nada garantido e estão desprotegidos perante a lei americana.
Na Europa esse debate também surgiu em situações pontuais, como no caso dos motoristas de Uber do Reino Unido.
Em 2019, esses profissionais conseguiram que a Court of Appeal de Londres decretasse como ilegal a Uber negar seus direitos básicos como salário mínimo garantido e férias.
As conquistas dos trabalhadores da gig economy são extremamente pequenas e ainda não sabemos quais serão as consequências disso em futuro próximo.
Por isso, o melhor a se fazer é avaliar se esse sistema é realmente válido e atenderá as suas necessidades profissionais a médio e longo prazo.
Qual a alternativa a gig economy?
Se a tecnologia tem mudado as relações laborais e trazido inúmeras dúvidas e incertezas para os profissionais, essa mesma tecnologia pode trazer respostas mais eficientes.
Por isso, uma das melhores alternativas a gig economy é fazer da tecnologia uma aliada na busca por empregos que, de fato, correspondam as expectativas dos profissionais e empregadores.
O melhor caminho para isso é buscar por plataformas especializadas em recrutamento e seleção conforme sua área de trabalho.
No Brasil, uma das plataformas de maior destaque é a GeekHunter, especializada em vagas para profissionais tech.
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