Diploma vs talento: É óbvio que um diploma avalizado por uma instituição de renome agrega valor ao currículo, seja qual for a atividade. E com o pessoal de TI não é diferente. Mas é muito provável que vá chegar até você, recrutador, um bom número de candidatos a devs sem graduação específica na área. Gente que, por interesse e empenho (e teimosia) próprios, foi construindo uma carreira autodidata como desenvolvedor.
Temos discutido bastante aqui no blog que as habilidades e competências esperadas para esse cargo se ampliaram bastante nos últimos tempos. Há pontos importantes que, mesmo os alunos que frequentaram os bancos das melhores universidades, certamente não vão aprender nas salas de aula.
São pontos que se mostram um grande diferencial na disputa por uma vaga. Isso porque especialistas são enfáticos em afirmar que longe vão os dias em que os programadores se isolavam em seus fones de ouvido e viviam em um mundo paralelo, nas estações de trabalho, apenas codando. Se espera muito mais deles.
As empresas querem desenvolvedores que participem das reuniões, que saibam extrair e interpretar informações e que (diferencial que vale 10 pontos) levem em conta as expectativas e necessidades do cliente. Simplificando, está aberta a temporada de caça aos devs com skills oral e escrita e com uma super pegada business. Olha o tamanho do desafio!
Diploma vs talento
A dúvida se o diploma específico na área é ou não mandatório para o cargo dá muito pano para manga. Não só nos departamentos de gestão de pessoas, mas também entre os próprios desenvolvedores. Qualquer busca mostra que, nos fóruns de discussão de programação é um dos temas recorrentes. Há muitos defensores dos cursos técnicos livres e do aprendizado via EAD e livros. E esses defensores são em grande parte gente formada que se sentiu frustrada com a grade curricular engessada e confessa ter ido à luta para complementar boa parte dos conhecimentos fora dos muros da faculdade. Por conta própria.
Este post, inclusive, traz dicas de um dev para quem quer fazer carreira em programação – dos primeiros passos em Java até tópicos mais avançados de #C. E como ele, há vários disponíveis para quem quer entender o que faz pulsar mais forte o coração dessa tribo.
Moral da história: um copo pela metade pode ser:
1- Um copo meio cheio
2- Um copo meio vazio
O desafio do RH é identificar o candidato número 2. Otimista, resiliente, pronto para fazer de tudo para preencher a outra metade do copo.
Dica de ouro: buscar quem tenha perfil para manter-se em constante aprendizagem.
A indústria da tecnologia está em evolução contínua, portanto, quem trabalha nela precisa se integrar às transformações e manter-se atualizado e competitivo. Estudar, sempre; estar atento a novas linguagens e, acima de tudo, ter disposição para sempre dar um passinho à frente.
Pistas para encontrar um bom dev – sob o ponto de vista de um dev
Ainda na busca de entender o que move os devs e como identificar que você está diante de um bom profissional, o capacitador em programação, Thiago Gouvea, dá 5 pistas em seu blog:
1 – Bom raciocínio lógico
Regrinha número 1: parece lógico, e é! O programador resolve problemas utilizando código para transcrever um raciocínio lógico. Ter esse talento é essencial, enfatiza ele. E para provar que tudo é uma questão de treinamento, tem até aplicativos para turbinar a velocidade de raciocínio e lógica.
2 – Autodidata
Para o autor, cursos não transformam ninguém em programador. E o desafio é manter-se atualizado sem ter que gastar uma fortuna. Por isso, ir à luta e ser autodidata é essencial, diz ele, que chegou a escrever um post sobre aprender programação online, sozinho e do zero.
3 – Gostar de problemas
Tem que gostar de confusão, porque programar é a arte de resolver problemas. “Seja o problema que o software irá resolver ou seja resolvendo problemas no próprio software”, exemplifica.
4 – Do you speak English?
O inglês é fundamental para acesso a conhecimento porque falta literatura técnica em português. Dá para começar sem saber inglês, mas dificilmente o profissional vai evoluir tudo o que poderia sem essa segunda língua. Os principais fóruns de programação do mundo são em Inglês.
5 – Gostar de aprender
O desenvolvedor tem que ser curioso, gostar de aprender, porque a rotina dele requer muita pesquisa e leitura. O conhecimento nunca se esgota. A cada passo, um universo de novidades se abre. A sensação de se estar chegando ao topo é sempre uma ilusão. Logo, um novo desafio se apresentará e vai requerer que se esteja pronto para começar nova caminhada.
Pistas para encontrar um bom dev – sob o ponto de vista de um recrutador
Sob o ponto de vista dos recrutadores, a coisa não muda muito de figura. Por mais que ainda haja empresas que fazem questão de um bom diploma em Ciência da Computação, muitas acreditam que a qualidade do código deve falar por si, já que é notório que a maioria dos desenvolvedores é autodidata. A disposição em estar sempre procurando novos conhecimentos e se aperfeiçoando é outro ponto citado por muitos como crucial.
John Hampton contou ao site Enterpreneur como escolhe desenvolvedores para a sua startup Hostt.com. Vamos listar os principais:
1- Em vez de requerer 3 anos de experiência em C++ e um ano de Java, olhe para o contexto geral. Um desenvolvedor que trabalhou basicamente com uma linguagem antiga, mas que adicionou uma nova recentemente pode ser o que você procura, porque os anos de experiência lhe deram uma boa base em programação e ele deu um passo em busca de atualização.
Pergunta para a entrevista: Descreva a sua experiência com diferentes linguagens de programação.
2- Programar é sempre estar em busca de conhecimento.
Pergunta para a entrevista: Como você faz para se manter atualizado?
3- Codar é só parte da função de um dev. E quando o software não funciona como o esperado. Hora de resolver rápido o pepino.
Pergunta para a entrevista: Como você lida com bugs? (um teste na sequência é uma boa pedida)
4- Pressão, deadline apertada. Os desafios são muitos na vida de um desenvolvedor. Ter sangue frio é essencial.
Pergunta para a entrevista: Conte uma situação em que você esteve sob pressão extrema e não conseguia contornar um problema. O que você fez?
Simplificando a vida do recrutador
Levando-se em consideração que algumas dezenas de entrevistas separam o recrutador do candidato ideal, estamos diante de uma longa e árdua jornada até a contratação. E, pior: que pode não ter final feliz, pela dificuldade real de triar tantas variáveis.
Empresas como a GeekHunter ajudam a cortar pela metade a duração e o custo desse processo, utilizando recursos como inteligência artificial e data machine. A plataforma automatiza grande parte das etapas de atração e seleção. Sua equipe busca ativamente desenvolvedores com bagagem profissional diferenciada, com boas referências entre grupos e comunidades de programadores. Também está sempre atenta a talentos nos principais eventos na área de tecnologia do país.
O candidato só chega até o recrutador depois de passar por um funil de seleção em que só os 5% melhores são apresentados. Começa com uma análise criteriosa de perfil, seguida de testes técnicos gerais (envolvendo conceitos de programação) e também de testes de lógica de programação e ainda com a possibilidade de uma vídeo-entrevista.
E, então: quer experimentar um recrutamento mais inteligente, rápido, econômico e assertivo?